Suspeita de Contaminação: Homem é hospitalizado após consumir água mineral em Garça (SP)
- Redação
- 16 de out.
- 2 min de leitura
Lote 253.1 da marca Mineratta está sendo investigado; prefeitura recomenda suspensão do consumo até esclarecimentos

Na manhã de sexta-feira (10 de outubro de 2025), um homem de 50 anos foi internado no município de Garça, interior de São Paulo, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação ao beber água mineral. O caso despertou alerta e mobilizou autoridades sanitárias, policiais e consumidores.
Quadro clínico e atendimento
Segundo informações oficiais, a vítima, identificada como Alexandre Carpine, consumiu duas garrafas lacradas da marca Mineratta e, logo após beber, sentiu queimação na garganta, dores abdominais, vômitos e até presença de sangue.
Encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Garça, o paciente passou por exames, incluindo endoscopia digestiva, que revelaram lesões compatíveis com queimaduras de contato no esôfago e estômago. Ele recebeu tratamento médico, foi internado por algum tempo e, posteriormente, recebeu alta hospitalar.
Durante o manuseio das garrafas, uma enfermeira também teria tido queimaduras nas mãos, o que reforça a suspeita de contaminação química do produto.
Investigação e ação das autoridades
As garrafas consumidas e outras do mesmo lote foram apreendidas em diferentes pontos: no hospital, em distribuidoras e no local de trabalho da vítima. Amostras já foram encaminhadas para perícia laboratorial.
O lote em questão é o 253.1, com data de fabricação em 10 de setembro de 2025 e validade prevista até 10 de setembro de 2026. A Vigilância Sanitária local e a Polícia Civil já instauraram investigação para identificar a hipótese de contaminação e apurar responsabilidades.
A prefeitura de Garça orientou que a população não consuma água mineral da marca Mineratta pertencente ao lote 253.1 até que o caso seja esclarecido.
Em nota, a DBG Distribuidora de Bebidas Garça, responsável pela comercialização, afirmou que está colaborando com as autoridades e realizando verificações internas do lote. A empresa alegou que, até o momento, não foram detectadas alterações visuais, químicas ou sensoriais no produto.
Contexto e alertas
Este episódio ocorre em meio a um momento de tensão nacional com casos de intoxicação por metanol em bebidas, que vêm sendo investigados por vários estados. Embora ainda não haja confirmação de que o caso de Garça esteja ligado ao metanol, especialistas alertam que produtos líquidos contaminados podem causar sérios danos ao trato digestivo e outros órgãos.
O metanol, quando ingerido, pode ser transformado no organismo em substâncias como formaldeído e ácido fórmico, capazes de gerar intoxicações graves, cegueira e até risco de morte. Por isso, a investigação detalhada sobre a origem da contaminação – seja na linha de produção, no envase, distribuição ou armazenamento – será fundamental.
O que se espera daqui para frente
* Divulgação do resultado das perícias químicas e toxicológicas das amostras apreendidas;
* Identificação do agente causador da lesão (se químico, biológico ou outro) e o ponto de falha na cadeia de produção/distribuição;
* Determinação de medidas cautelares e reparações (eventual recall, responsabilização, comunicação pública);
* Monitoramento de eventuais outros casos semelhantes em SP ou em outras regiões que tenham adquirido o mesmo lote.
Enquanto isso, autoridades pedem cautela e recomendam que consumidores verifiquem a marca, lote e integridade das embalagens, além de priorizar fornecedores confiáveis.



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